domingo, 14 de dezembro de 2014

Capitão Antônio Pinto Barreto (A Sesmaria e a Estância da Palma)


     A Sesmaria e a Estância localizavam-se entre os arroios Santa Maria e Pirahy no Município de Dom Pedrito/RS. Atualmente a BR-293 no trecho entre o Pirahy e o Santa Maria passa nos campos daquela localidade.
     A Sesmaria foi concedida em 1814 pelo Governo do Reino do Brasil, tinha ela as seguintes confrontações: pela frente (leste) com os de Manoel Marques de Souza (Estância da Palma); pelo norte com o Arroio Santa Maria; pelo sul com a coxilha caída a Pirahy (alguns chamavam esta coxilha de Coxilha do HAEDO) e pelo oeste faz fundos com o dito Santa Maria. A concessão desta Sesmaria foi confirmada por Dom Pedro I, pela graça de Deus e unanime aclamação do povo, Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Império do Brasil, no ano de 1825. Há esta Sesmaria foi incorporada a Estância da Palma.
     A Estância da Palma pertencia ao Alferes Manoel Marques de Souza, e foi adquirida por posse  deste, antes do fim da fronteira que tinha seu traçado pela estrada que vai a Torquato Severo, (Linha de Fronteira entre Espanha e Portugal pelo Tratado de 1777).Tinha o Alferes, nesta época Furriel, licença do Comandante da Guarda de São Sebastião, Pedro Fagundes de Oliveira, para ocupar estes campos que ficavam para o lado de Espanha. Em 10 de abril de 1815 foram medidos judicialmente estes campos da já dita Estância da Palma, ficando suas confrontações da seguinte forma: Pelo norte com as vertentes que formam o Rio Santa Maria (Martin Pons); pelo leste com o Pirahy; pelo sul e sudeste com a forqueta que faz  o sobredito Pirahy com o Pirahy Chico e pelo oeste com o já dito Pirahy Chico e uma vertente que deságua no Santa Maria. Manoel Marques de Souza e sua esposa Brígida Pedroza de Oliveira assinaram a venda desta Estância em 18 de Dezembro de 1830 ao já dito Capitão Antônio Pinto Barreto.

Mapa da Medição Judicial destes Campos em 1883.
     Antônio Pinto Barreto (*1778) foi Capitão Comandante da 7ª Companhia do Regimento de Rio Pardo, no Exército que se formou no Acampamento Militar nos Cerros de Bagé,no ano de 1811. Nesta época já era casado com Joaquina Antônia de Mattos Barreto com quem teve Manoel Pinto Barreto.
     No ano de 1883, com o falecimento de Carlota Joaquina Barreto esposa de Manoel Pinto Barreto, foi medida e repartida amigavelmente entre seus herdeiros à dita Sesmaria e a Estância da Palma. Manoel e Carlota tiveram os seguintes filhos:

  1. Aníbal Pinto Barreto c/c Ubaldina de Mattos Barreto.
  2. Álvaro Pinto Barreto c/c Lydia Jacintho Barreto.
  3. Avelino Pinto Barreto c/c Felícia do Couto Barreto.
  4. Arminda Barreto de Borba c/c Pedro Rodrigues de Borba (filho) (*1835+1896).
  5. Amabilia Barreto de Medeiros c/c Serafim Ignácio de Medeiros.
  6. Adelina Barreto Gonçalves c/c Domingos Augusto Gonçalves.
  7. Amélia Barreto Pires c/c Alexandre Gonçalves Simões Pires.
  8. Adelaide Barreto de Medeiros c/c Cyrilo de Medeiros. 
     Também foram repartidos e demarcados, nesta medição de campo do ano de 1883, os quinhões de campo dos seguintes netos:
  1. Juventino de Mattos Barreto c/c Doralina de Moraes Barreto.
  2. Carlota de Mattos Almeida c/c Francisco de Paula Almeida.
  3. Arminda de Mattos Gonçalves c/c Manoel  Augusto Gonçalves.
  4. Amabilia Mattos Gomes c/c Camilo Gomes.
  5. Gerondino de Mattos Barreto.
  6. Coriolano de Mattos Barreto.
  7. Zenaide de Mattos Barreto.
  8. Anaurelíno de Mattos Barreto.
     Manoel Pinto Barreto, provavelmente deve ter falecido por volta da década de 1890, seus sucessores novamente repartiram seus campos, alguns venderam outros ficaram na terra.
     FONTE:
- Medições de Campos - Dom Pedrito 1883 - APERS.
- Lista Geral da 7ª Companhia do Regimento de Rio Pardo 1812 - Anais do Arquivo Histórico - APERS.
- Nos Primórdios de Bagé/ Arquivo de Nerci Nogueira.
     Contato c/o Autor:
- Gmail - nercinogueira@gmail.com.br 

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Cerro e Potreiro Cunhatahy

 
 O Cerro Cunhatahy se localiza no Município de Dom Pedrito/RS, na costa de um arroio afluente do Rio Santa Maria, conhecido como Santa Maria do Martin Pons. Este Cerro já hera citado como referência em mapas que datam do ano de 1756, e seu nome original era "Cunãtai Cambi" do espanhol+Tupi-Guarani antigo, se referindo ao formato de um seio que tem o dito Cerro Cunhatahy. este Cerro tem ao seu lado leste o Cerro Redondo, que somados formam no horizonte uma silhueta que parece um bosto de mulher.
     Durante a Guerra de 1801 Patrício Correia da Câmara acampou com sua Força na falda do já citado Cerro Cunhatahy. Tinha o abjetivo de cobrir a Guarda de São Sebastião e reforçar as Patrulhas nas costas do Rio Negro e Pirahy.

Foto atual do Cerro Cunhatahy, cedida gentilmente pelo meu amigo Cássio Gomes Lopes
     José Rodrigues de Souza era o proprietário desta localidade, e bem provável o primeiro habitante. Este José Rodrigues de Souza também tinha uma sesmaria no Quebracho, que vendeu. ficando com os campos do Cunhatahy e uma chácara nos subúrbios de Bagé. Como relata sua viúva ao Registro Paroquial de Bagé no ano de 1855, onde cita que suas terras têm a extensão de uma légua quadrada.
     Com a morte de José Rodrigues de Souza por volta do ano de 1846, ficaram estas terras ao seus herdeiros, exceto um potreiro que já havia sido vendido a Anacleto Francisco Gularte.
     José Rodrigues de Souza era casado com Ignácia Marques da Silva, esta filha de Anna Pedroza de Jesus, sesmeira próxima a esta localidade. Do casamento de José e Ignácia vieram os seguintes filhos:
- Anna do Nascimento Rodrigues c/c Valentim Furtado de Mendonça.
- Manoel Rodrigues de Souza (*1818).
- Valentina Rodrigues (*1820).
- Ignácio Rodrigues (*1832).

Mapa de Medição - ano 1897. 
         O Potreiro Cunhatahy fica junto ao Cerro de mesmo nome, e foi comprado por Anacleto Francisco Gularte, sesmeiro vizinho. Há quem diga que Anacleto comprou este Potreiro só para contemplar e ficar mais próximo a tão bela paisagem, formada por este Cerro Cunhatahy. O fato é que este Potreiro e o Cerro são um lugar de grande beleza, e também um ponto histórico, relatados desde os tempos de 1756. O potreiro e cercado pelos arroios afluentes do Rio Santa Maria e uma extensa cerca de pedra, construída há muitos anos, formando este grande Potreiro.

FONTE DE PESQUISA:
- Medições de Campos/Dom Pedrito 1897 - APERS.
- Registros Paroquiais de Terras/Bagé 1855.
- Nerci Nogueira - Nos Primórdios de Bagé.
  

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

A Estância do Coronel Galvão

     Localizada entre as vertentes dos Arroios do Banhado Grande e Quebracho Grande, no Distrito dos Olhos d'Água, esta Estância teve primordialmente como posseiros de seus campos, por volta do ano de 1790, Manoel José Cavalheiro e Victoriano Ferreira de Almeida. Mais tarde, em 1814, foi adquerida como sesmaria por Joana Maria de Oliveira, viúva de José de Andrade. Nesta época estes campos tinham as seguintes confrontações; ao norte pela Coxilha Grande (Santo Antônio) com terras de José Gonçalves da Silveira Calheca, ao sul com o Boa Nova (deve ser Salvador da Boa Nova), e a leste por um galho do Arroio Quebracho fazendo divisa com o já citado Calheca.
     Com o falecimento da sesmeira Joana, seus herdeiros venderam os campos a Fernando José de Souza, irmão do Coronel Galvão José de Souza. Fernando José de Souza (*1799/+1871), hera casado com Thereza Flora de Jesus, sem haver filhos. Fernando já viúvo e sem descendentes ou ascendentes, resolveu nomear em testamento como herdeiro universal o seu irmão Galvão José de Souza. Que desta forma ficou proprietário da então Estância Santo Amaro.

Mapa de Bagé com a localização dos campos da Estância Santo Amaro em azul
     O Coronel Galvão José de Souza (*1814/+1882) era filho de José Antônio de Souza e de Floriana Maria de Freitas, casado com (existe uma duvida quanto ao nome da esposa do Coronel, pois aparece com o mesmo nome da mãe do Coronel) Floriana Maria de Freitas. Com quem teve os filhos seguintes: Hipólito Galvão de Souza, Constantino Galvão de Souza, Fernando Galvão de Souza, José Galvão de Souza, Maria (Nuncia) de Freitas, Floriana Maria de Freitas (neta), Eliza Maria de Freitas, Maria Altina de Freitas e Benigna Maria de Freitas. Em seu Inventário no ano de 1882 tocou em pagamento de legítima ao herdeiro José Galvão de Souza uma parte do estabelecimento da Estância, com as seguintes bem feitorias: Uma casa de morada construída de tijolos coberta de telhas, forrada e assoalhada de tábua, com quatro portas e cinco janelas envidraçadas, medindo treze e meio metros de frente e seis e meio metros de fundos (...) duas mangueiras feitas de pedras (...) um pomar anexo a casa com setenta e um pés de laranjeiras e alguns pés de pinheiros. O Coronel Galvão pediu em seu testamento para ser sepultado em frente a sua Estância. 
     No ano de 1907 a requerimento de: Alvim Lúcio de Farias, José Galvão de Souza, Fernando Galvão de Souza, Eliza Maria de Freitas, Florício José Saraiva por si e conjuntamente com seus filhos menores; Floriano Saraiva, Maria José Saraiva e Maria Faustina Saraiva. Belarmino Antônio Figueiró, Antônio Alves de Oliveira, Maria Nuncia de Freitas Portella, Gregório Dramaturgo Gonçalves, Maria Altina ( Freitas) de Souza Marimon, Ana Lina Saraiva de Souza, pediram a medição e divisão judicial da Estância Santo Amaro. Foram citados nesta ação os seguintes confinantes: Celestina Nunes Moreira por si e conjuntamente com suas filhas menores Marília e Anselma Moreira, Cylindo Goulart, Ramona Maria Moreira, Conrado Neves Moreira, Salomé Moreira, Francisca Moreira, Felippe Moreira, Victorino Moreira, Pedro Torbes, Agostinho Torbes, Petrona Maria Torbes, Theodora Torbes, Maria Torbes, Victalino Torbes, Athanázio Torbes, João Torbes, (Fortuna) Torbes, Miguel Torbes, Honorato Torbes, Manoela Torbes, Paulino Paes de Oliveira, Josephina Collares Feitosa por si e conjuntamente com seu filho menor Elpidio, Manoel Lopes, Liberato Mello, Perseverando José da Costa, Theodora Joaquina da Luz, Manoel Scott, Amélia Garcia Martins, Leôncio Soares e Hermelino Vieira de Brito como procurador de Paulino Garcia Feijó. 
     A Estância Santo Amaro foi dividida em treze partes, entre os seguintes proprietários: Perseverendo José da Costa, Hipólito Galvão de Souza, Leonardo Marimon, Gregório Dramaturgo Gonçalves, Fernando Galvão de Souza, Belarmino Antônio Figueiró, Florício José Saraiva, Faustina Saraiva, José Galvão de Souza, Eliza Maria de Freitas, Antônio Alves de Oliveira, Alvim Lúcio de Farias e Maria Nuncia de Freitas Portella.
Mapa da Estância Santo Amaro - Ano 1907

Fontes:
- Testamento de Fernando José de Souza - APERS
- Medição de Campo, Bagé/RS   - APERS
- Arquivo Nerci Nogueira
- Cartório de Registro Civil  Joca Tavares/ Bagé/RS

Contato:
nercinogueira@gmail.com

sábado, 14 de junho de 2014

Estância Dos Mouras - Bolena

     Os campos desta estância são parte dos campos avançados na guerra do ano de 1801, sua propriedade inicial foi disputada judicialmente entre o padre José Rodrigues de Assunção e Francisco Carneiro, saindo vencedor o Padre, que recebeu carta de sesmaria no ano de 1815.
      O padre José Rodrigues de Assunção (*1778/+ antes de 1851), hera Clérico da Igreja Matriz de Pelotas e no ano de 1824 foi chamado de "Clérico Negociador" pelo Cônego Visitador Antônio Vieira Soledade. O padre José, vendeu um rincão de campo a Manoel Francisco de Moura, porém não está bem claro se este rincão abrangia toda a sesmaria.
     Manoel Francisco de Moura e sua esposa Rosália Francisca Forma venderam partes destes campos em 1847 e 1853 a Ignácio Francisco de Moura, irmão do Manoel. O casal também vendeu campos a Manoel da Rosa Machado, este sogro de Ignácio Francisco de Moura.
     Originalmente esta Sesmaria situava-se entre os galhos do Candiota e dividia-se; por um lado com os herdeiros de Manoel José Machado e por outro lado com José de Aguiar Peixoto, este por uma vertente.
      No ano de 1900, Feliciana Faustina de Moura (viúva de José Francisco de Moura, este filho de Ignácio)  e outros, pediram medição judicial destes campos que chamavam de Fazenda do Seival. Feliciana hera co-proprietária destes campos com; Pedro Antônio de Moura, Antônio dos Santos Farias, João Alves de Oliveira, o interdito Ignácio Francisco de Moura, Silvana Praxedes de Moura, Felinto José de Moura, Hermínio José de Moura, Manoel Vitorino de Moura e Bernardina Moura Alves.
     Neste ano de 1900, estes co-proprietários tinham seus campos confinando com: Henrique José da Rosa, Antônio Alves de Oliveira, Manoel Francisco Lopes, Delfina Mulle (Mülle), Bernardina José da Mota, Jerônimo Antônio da Silva, Antônio dos Santos Faria, Urbano Soares de Azambuja, Bernardina Pinto Bandeira, (Eneias ?) Pinto Bandeira, Felipe Nero da Costa, Trajano Dias Fagundes, Antônio (Rosa ?) Brum e Gregório P. Madruga.

Mapa de 1901































     Hoje estes campos estão situados no Município de Candiota/RS.


REFERENCIAS;
Medições de Bagé - 1900 - APERS.
Arqv. NBN

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nercinogueira@gmail.com
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segunda-feira, 19 de maio de 2014

Estâncias da Figueira e Bom Sucesso - Bolena

     Estas estâncias são o embrião da localidade conhecida como Bolena.  Bolena que na verdade deveria se chamar "Encruzilhada", pois nela chegam às estradas; da Coxilha Grande que vem do Prata, de São Sebastião quem vem de Bagé, do Passo do Cassão que vem de Caçapava/Rio Pardo e a estrada do Baú que vem de Piratini/Canguçu/Rio Grande. E também nela as linhas de limites dos Tratados; de Madri que aqui fazia esquina e o de Santo Ildefonso que passava na sua estrada Baú/São Sebastião. E também nela três rios vem beber água, são eles; o Camaquã o Rio Negro e o Jaguarão.
     A Estância da Figueira se localizava nos campos avançados na Guerra do ano de 1801. Entre às pontas do Jaguarão Grande, Rio Negro e Arroio do Quebracho. Em seu campo, ao sul, findava a Coxilha Grande, que entra Uruguai a dentro e por onde passava a estrada do mesmo nome. O primeiro posseiro deste campo foi João Manoel Boleno, que vendeu a José Gonçalves da Silveira Calheca, que por sua vez o requereu como sesmaria, obtendo a carta em 14 de Junho de 1817.
     A Estância Bom Sucesso se localizava entre às pontas do Arroio do Tigre e do Banhado Grande e  tinha pela parte do sul a Estrada do Banhado Grande. O primeiro proprietário destes campos foi Luiz Antônio D'Oliveira, que obteve como sesmaria no ano de 1800 com a extensão de uma légua em quadro. Luiz vendeu esta sesmaria em 1 de Março de 1801, ao Tenente José de Aguiar Peixoto. Este revendeu em 29 de Abril de 1805 a Miguel da Cunha Pereira e a José Thomaz da Silva. Estes revenderam ao agora Capitão José de Aguiar Peixoto, em 21 de Setembro de 1805, sendo assinado este contrato na localidade de Charqueada das Palmas. Por volta do ano de 1806, o Capitão Peixoto vendeu estes campos a José Gonçalves da Silveira Calheca, que os englobou aos campos da Figueira formando a Estância da Bolena.

Localização das Estâncias da Figueira e Bom Sucesso
     José Gonçalves da Silveira Calheca casou duas vezes,  a primeira vez com Florência Maria do Pilar com quem teve os seguintes filhos;
- Maria de Santa Anna da Silveira c/c Manoel Rodrigues Valadares.
- Senhorinha da Silveira c/c João Antônio Ferreira Viana.
- Umbelina Maria da Silveira.
A segunda vez com Felícia Maria da Conceição, com quem não encontrei filiação.

     No ano de 1848 seu genro Manoel Rodrigues Valadares requereu medição e demarcação judicial destas terras. Neste processo foram citados os seguintes confinantes; Fernando José de Souza, Nicolau Antônio Pereira, João da Silva Tavares, Angélica Gomes Jardim, Felisberto Gomes Jardim, Laurindo filho de José Lucas Machado e na sua falta seu irmão Antônio Ritta, Frederico Gonçalves, Anna viúva de José Lucas Machado ou seu capataz José de Souza, e Hipólito Martins Coelho.
     Estes campos do "Calheca", foram vendidos por seus herdeiros a Segundo Vígil a João Alves de Oliveira e a Luiz Gonçalves de Escobar.
     João Alves de Oliveira (+1897) e sua esposa Zeferina Lima de Oliveira (+1909) doaram os seus campos aos seus filhos; Zeferino Alves de Oliveira c/c Delfina Soares de Oliveira, Antônio Alves de Oliveira, Maria Carolina Alves de Oliveira(*1849/+1905) c/c Israel Alves de Oliveira, Joana Alves Valente c/c Idalino Gonçalves Valente, Zeferina Alves da Costa c/c Perseverando José da Costa e Comba Alves da Rosa c/c José da Rosa Dutra.
     No ano de 1872, Segundo Vígil e sua esposa Anna Maria Teixeira requereram medição judicial destes campos. Foram citados neste processo as seguintes pessoas;
Galvão José de Souza, João Alves de Oliveira, João Garcia Feijó, Antônio Ferreira Porto, Maria Joaquina Ferreira Porto c/c Fulgêncio Domingues, Antônio Ferreira Porto Filho, Perpétua Maria Ferreira Porto, Alexandrina Maria Ferreira Porto, Thereza Maria Ferreira Porto, Joaquim Antônio Ferreira Porto, Eleuthério Ferreira Porto, Manoel Antônio Ferreira Porto, Clara Ortiz de Siqueira, Antônio Ortiz de Siqueira, Conrado Ortiz de Siqueira, Francisco Ortiz de Siqueira, Manoel Ortiz de Siqueira, Dorothéia Ortiz de Siqueira c/c Felício Lucas Machado, Manoel Valadares Ferreira, Manoel Lucas Machado, Antônio de Oliveira Ritta, Manoel Domingues, Bernardo Domingues, Veríssimo Domingues, David de Quadros, José Hipólito Martins, Alexandre de Oliveira Martins, Hipólito José Martins, Maria Querina de Oliveira e Adélia Querina de Oliveira.
Mapa da Estância da Figueira
     Já no ano de 1909, Theodora Joaquina da Luz que havia comprado os campos de Zeferino Alves de Oliveira, requereu medição judicial destes campos para demarcar sua área de campo. Para isso foram citados neste processo as seguintes pessoas:
Reduzino Gomes Jardim, Pascoal Jordão, Antônio Alves de Oliveira, Antônio Alves de Oliveira Filho, Pedro Alves de Oliveira, Domingos Alves de Oliveira, Perseverando José da Costa, Idalino Gonçalves Valente, Israel Alves de Oliveira, Eliseu Alves de Oliveira, Alvim Lúcio de Farias, Thomaz Mércio Pereira, Galvão Gomes Jardim (Nogueira), Carolina Gomes Jardim, João de Deus Gomes Jardim, Maria Nuncia Portella como tutora de seus filhos; Daniel de Freitas Portella e Lourival de Freitas Portella, Antônio Manoel Dias, Lucídio Gomes Jardim, Josephina Gomes Jardim por si e como tutora de seus filhos; Oscar, Candida, Belmira, Alfredo e Universina, Maria Francisca Guedes, Alvim L. de Farias, João Jacintho Paredão, Jacintho Barbosa, João Marçal Ferreira da Silva, Balbina Ferreira da Silva, Saturno Ferreira da Silva, Gertrudes Ferreira da Silva, Constantino Lucas Machado, Torquato Lucas Machado, Henrique Silveira da Rosa, Lucindo Silveira da Rosa,  A. Silveira da Rosa, Alcides Silveira da Rosa, Arlindo Silveira da Rosa, Ignácio Maurício Vaz, Severiano dos Santos Farias, Heroclito Alves de Oliveira, Placidina Moura de Farias, Alvim Lúcio de Farias, Ernesto dos Santos Farias, Maria Altina de Souza viúva de Leonardo Marimon por si e como tutora de seus filhos; Leonardo Marimon e Maria José Marimon, José Galvão de Souza, Gervásio Alves Pereira, Maria Cecília de Souza Mascarenhas (sucessão), Joana Adolfo Proença, Maria Paula Ferreira da Silva, José Luiz Pereira, Marcílio Pereira da Silva, João Ignácio Alves de Oliveira, José Bernardino Alves de Oliveira, João Manoel Alves de Oliveira, Alfredo Rodrigues Teixeira, João Batista de Castilhos,  Frederico Fagitte Filho, Manoel Rodrigues Teixeira e a viúva do Dr. Domingos Pinto da França Mascarenhas.

Esta localidade "Bolena" também foi chamada de Campos da Figueira, Campos do Calheca e Sesmaria dos Alves, porém permanece até hoje o nome Bolena. Cuja nome eu desconheço a origem, não sei se foi em homenagem ao Capitão Boleno ou a  família Bolena, de quem descendia Anna Bolena, segunda esposa do Rei Henrique VIII da Inglaterra.

 AUTOR:
NERCINOGUEIRA@GMAIL.COM
NERCINOGUEIRA@HOTMAIL.COM
fonte:
Medição de Campos, anos 1848, 1872 e 1909 - Bagé/RS, APERS.
Carta de Sesmaria de Luiz Antônio D'Oliveira(inédita), Arqv. NBN.
Carta de Sesmaria de José Gonçalves da Silveira Calheca - APERS. 

   

sábado, 19 de abril de 2014

Fazenda do Quebracho

Nos campos avançados na Guerra de 1801, entre os Arroios Quebracho e  Quebrachinho,  Alexandre de Souza Pereira da Fontoura pediu sua sesmaria. Com o seu falecimento sua Viúva Thomazia Clara de Oliveira recebeu a Carta de Sesmaria no ano de 1817, com as seguintes confrontações: Pelo leste com o galho principal do Rio Negro (Arroio Quebracho), pelo norte com banhado da Coxilha Grande (Serrinha dos Olhos d'Águas), pelo oeste com o Arroio das Pedras (Arroio Quebrachinho) e pelo sul com a confluência do Arroio das Pedras ( confluência no Rio Negro).
O casal Alexandre de Souza Pereira da Fontoura (*1771) e Thomazia Clara de Oliveira (*1762/+1816) tiveram os seguintes filhos:
  • Anna Theodora Carneiro da Fontoura c/c Francisco de Souza Oliveira Pinto.
  • Francisca Carlota Carneiro da Fontoura c/c Ignácio José da Silveira Casado.
  • Izabel Josefina  Carneiro da Fontoura c/c José Pereira Martins.
  • Thereza Clementina Carneiro da Fontoura c/c Tristão Barreto Pereira Pinto.
  • Constança Alexandrina Carneiro da Fontoura c/c José Francisco dos Santos Sampaio.
  • Joaquina Cândida Carneiro da Fontoura c/c Jordão Reinaldo da Costa e Silva.
  • José Alexandre Carneiro da Fontoura (Padre).
  • Antônio Viriato Carneiro da Fontoura c/c Maria Joaquina da Costa.
  • Francisco Antônio Carneiro da Fontoura c/c Fausta Velloza da Fontoura.
























No ano de 1870, Maria Athanazia de Macedo Fontoura Costallat, filha de Bibiano José Carneiro da Fontoura, requereu medição judicial desta Sesmaria que então possuía em comum com os herdeiros de Antônio de Medeiros Costa e do Zeferino Fagundes de Oliveira. Para isso foram citados as seguintes pessoas: Domingos de Medeiro, Simeão Fagundes, Manoel Medina Martins, Manoel Soares da Silva, Israel Soares da Silva, Antônio Soares da Silva, Coronel Caetano Gonçalves da Silva, Manoel Vaz Martins, Manoel da Rosa, Ramão Galibern, José de Castro, Joaquim Ourives, F. Pires, João Camargo, Antônio Gonçalves, Alexandre José de Medeiros, Antônio Gafré, João Gudene e Joaquina Benedita de Seixas Viúva do finado Alexandre Seixas. Estes campos foram vendidos a Manoel de Medina Martins.

Mapa da Medição do ano de 1870




































Antônio de Medeiros Costa foi casado com Dorothéia Maria de Souza, com quem teve os seguintes filhos:
  • Domingos Antônio de Medeiros c/c Delfina (1ª vez) e Comba Maria de Almança. (Tetravós do meu amigo Deise Vaz Pinto).
  • Dorothéia de Medeiros Costa c/c Ismael Soares da Silva.
  • Joaquina Constantina de Medeiros c/c Emílio Luiz Mallet (Barão de Itapevi).
  • Zeferina de Medeiros Costa c/c Simeão Fagundes de Oliveira.
  • Maria Antônia de Medeiros.
  • Belmira Maria de Medeiros c/c Manoel Pedro de Toledo. 

Zeferino Fagundes de Oliveira foi casado com Vicência Constância de Souza, com que teve os seguintes filhos:
  • Candida Firmina Fagundes de Oliveira. 
  • Simeão Fagundes de Oliveira c/c Zeferina de Medeiros Costa.
  • Francisca Fagundes de Oliveira c/c Manoel Luiz Osório (Marquês do Herval) 
  • Maria Fagundes de Oliveira c/c Custódio Francisco Alves.
  • Francisco Fagundes de Oliveira c/c Delfina dos Santos.
Bibiano José Carneiro da Fontoura foi casado com Ana Barbara Pereira de Macedo, com quem teve os seguintes filhos:
  • Isidoro .
  • Maria Athanazia  Macedo da Fontoura.
  • Inácio Bibiano Macedo da Fontoura.
  • Bibiana Macedo da Fontoura


Também existiu outra Fazenda do Quebracho, porem esta situava-se nas nascentes e entre os galhos do Arroio Quebracho Grande, e vizinha da primeira. Esta Fazenda pertencia a Manoel Gonçalves Rodrigues, filho de Angélica Gomes Jardim e de João Gonçalves Rodrigues.  Esta já citada Fazenda foi vendida a Manoel José Teixeira. Seus herdeiros e outros Interessados há mediram no ano de 1873, conforme mostra o mapa abaixo.

Fazenda do Quebracho II





































FONTE:
Medição nº732,/1870 - Bagé, APERS.
Arqv. Nerci Nogueira

nercinogueira@gmail.com

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Fazenda São Sebastião (Velha)

      A antiga Fazenda São Sebastião não mais existe. Localizava-se no Distrito dos Olhos d'Água, seus limites começavam na nascente do Arroio Camaquazinho, a mais próxima da antiga Guarda de São Sebastião (Hoje Cemitério da Guardinha), por este águas abaixo até sua confluência com o Arroio Camaquã do Chico Magro, por este até a confluência com o Rio Camaquã Chico. Subindo por estas águas acima até o primeiro arroio na sua margem esquerda (Arroio dos Picanços), e por este águas acima até sua nascente nas proximidades da antiga Guarda de São Sebastião e desta em linha reta até a já citada nascente do Arroio Camaquazinho. Dentro de sua área superficial hoje se localizam as estâncias: Santo Antônio, Sobrado (antigo), Taipa, Coqueiro, São Sebastião, Paulo Costa e Remanso.
     Os primeiros proprietários destas terras foram os sesmeiros Antônio Luiz dos Reis Fraga que vendeu em 26/11/1797 a Domingos Francisco de Araújo Rozo. Joaquim Carlos de Bragança que vendeu em 10/01/1798 ao mesmo Domingos Francisco de Araújo Rozo e José Antônio Alves que vendeu um pedaço de seu campo a José Martins Coelho.
Em destaque a área superficial da Fazenda São Sebastião (velha

      José Martins Coelho comprou por intermédio de Domingos Francisco de Araújo Roso as sesmarias do Luiz e a do Joaquim. e com o pedaço de campo comprado de José Antônio Alves formou a Fazenda de São Sebastião, dentro dos limites já citados. Confrontava pelo norte com Francisco José Martins Magro e José Manoel Dias, pelo sul com José Antônio Alves, pelo leste com Serafim da Costa Santos e Fernando Pereira Vieira e pelo oeste com Pedro Fagundes de Oliveira e com campos que foram de Manoel José Bittancourt.
Parte do Mapa da Medição de 1897


  Em 1897 esta Fazenda já toda dividida, sem medição Judicial e com diversos invasores, foi então medida e demarcada a requerimento de: Arthur da Silva Lopes, Pedro Marques Nogueira, José Hipólito Martins, Antônio Maria Martins, Domingos Alves Branco Muniz Barreto, Anna Joaquina Martins, Josepha Lucas Martins, Mathilde Lucas Martins, José Lucas Martins e outros. Foram citados  neste Processo os seguintes interessados: Jonathas Alves Branco Muniz Barreto, Luiz Alves Branco Muniz Barreto, Júlio da Silva Flores, Anna de Freitas d'Avila, Propicio Pedro d'Aguiar e José Antônio Costa. Desta Medição restou a demarcação de campo e novas propriedades que consta no Mapa por mim doado ao Museu Dom Diogo de Souza.
Parte do Mapa da Medição de 1897

   José Martins Coelho (*1759/+1831), (Este é conhecido como Comendador, pois existe outro homônimo e contemporâneo, que é Pai do General Davi Canabarro) - c/c Anna Maria d'Avila (*1772/+1848) com quem teve os seguintes filhos:
  1. Anna Francisca d'Avila (*1791) c/c seu tio Antônio d'Avila.
  2. Hipólito José Martins (*1793/+1860) (Assassinado na costa do Camaquã do Chico) - c/c Maria Querina de Oliveira.
  3. Maria Joaquina d'Avila (*1795) 2ª esposa de Domingos de Castro Antiqueira (Este Barão e Visconde do Jaguari/RS, cujo Título se refere ao Arroio Jaguari, que tem suas nascente na Serra do Tabuleiro, onde tinha a Estância do Tabuleiro, hoje  Lavras do Sul. A neta deste casal, Bernardina Soares de Paiva foi a 2ª esposa do Barão e Visconde de Porto Alegre).
  4. Domingas Francisca d'Avila (*1797) c/c Bernardo Batista Pereira Soares.
  5. Pedro José Martins c/c Brigida Fagundes de Oliveira (filha do Capitão Pedro Fagundes de Oliveira).
  6. Felicíssimo José Martins (*1803/+1893) c/c Anna Joaquina Martins (Felicíssimo é o fundador da Estância do Sobrado, onde faleceu e foi sepultado no Cemitério da Guarda Velha de São Sebastião).
  7. Januário (faleceu ainda criança).
  8. Delfina Joaquina d'Avila (*1808) c/c José Francisco de Freitas.
  9. Antônio José Martins Coelho (*1810/+1894) c/c Maria das Dores Lucas.